Ao Novo
A grama cortada
A flor caída
A fruta passada
A chuva
O beijo que a lua
dá no mar que o acorda
A saliva do sol
que o vulcão alaga
O ipê roxo
A orquídea
O sal da bebida
que vaza do corpo
A mata fechada,
introvertida
O gosto da amora no pé:
docinha feito a vida
A vida
A casa na árvore
O som do arvoredo no vento
A ventania
O trovão
O raio que não cai na piscina
A luz da noite cobrindo o mármore
O espelho da poça
O sapo
A formiga
O besouro
A mariposa tonta
sob os olhos da lagartixa
O mico saracoteando nos galhos
O antepasto do anu branco
preparando o papo pro carrapato
A preá na areia de construção
Os tijolos
As telhas
As baratas das telhas
O calango
A lacraia
O escorpião transparente
no saco de batata
A aranha em tocaia
A teia da aranha na manhã serenada;
branquinha, como renda natural
de uma colcha retalhada
As patas
As mãos
O tato que a natureza tem
quando coloca as estrelas
cuidadosamente em seu manto
e que, às vezes, escorrem dele
como a lágrima escorre dos olhos num pranto
Teu jeito de flor
que sacode-se inteira do caule
e joga-se em letra no lápis
até no poema se abrir,
como num impasse
entre a vida que segue
e a permissão de um amor que nos lace
A flor caída
A fruta passada
A chuva
O beijo que a lua
dá no mar que o acorda
A saliva do sol
que o vulcão alaga
O ipê roxo
A orquídea
O sal da bebida
que vaza do corpo
A mata fechada,
introvertida
O gosto da amora no pé:
docinha feito a vida
A vida
A casa na árvore
O som do arvoredo no vento
A ventania
O trovão
O raio que não cai na piscina
A luz da noite cobrindo o mármore
O espelho da poça
O sapo
A formiga
O besouro
A mariposa tonta
sob os olhos da lagartixa
O mico saracoteando nos galhos
O antepasto do anu branco
preparando o papo pro carrapato
A preá na areia de construção
Os tijolos
As telhas
As baratas das telhas
O calango
A lacraia
O escorpião transparente
no saco de batata
A aranha em tocaia
A teia da aranha na manhã serenada;
branquinha, como renda natural
de uma colcha retalhada
As patas
As mãos
O tato que a natureza tem
quando coloca as estrelas
cuidadosamente em seu manto
e que, às vezes, escorrem dele
como a lágrima escorre dos olhos num pranto
Teu jeito de flor
que sacode-se inteira do caule
e joga-se em letra no lápis
até no poema se abrir,
como num impasse
entre a vida que segue
e a permissão de um amor que nos lace
2 Comments:
Novo tempo, amigo!
tempo de criar, recriar
transformar...
que venha o livro
muita poesia!
bons adjetivos....métrica legal tb....tem cara de PDR isso ai....abraçoss
Postar um comentário
<< Home