Anti-Destino
Quem serei eu
Quando o tempo perder o prumo das horas
O vento suceder a chuva
A bruma arfar o barco
As gotas de orvalho, como fossem agruras,
Desflorestar a aurora.
Quem serei eu
Quando o claro tornar-se às profundezas
Os rios ciliarem os índios
O mar contradizer a Lua
Os homens, nas ruas, como se fossem vivos,
Transtornarem a Natureza.
Quem serei eu
Quando, no mundo, habitar o vazio
Mosquitos negando as flores
As frutas e os arbustos
E o amor que nos une, como tanto assim fosse,
A desunir o destino.
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