Viola Malcriada
Meu violão moribundo
que em vez de harmonia
exala um furdúncio.
Já foi-se o tempo
em que nele haveria
menos desordem que aprumo.
Meu violão cafajeste
que em vez de cumprir,
desacata o mestre.
Já foi-se o tempo
em que nele me vi,
como no espelho aparece.
Meu violão abastado
que em vez de correto,
vem desritmado.
Já foi-se o tempo
em que nele, me entrego,
e tanto nele, me largo.
Meu violão insensível
que em vez de melódico,
grita tão horrível.
Já foi-se o tempo
do mistério nos modos
e de sua fé tão crível.
Meu violão dividido
não sabe se é Guinga
ou talvez Turíbio.
Já foi-se o tempo
em que nele haveria
um pouco de mim ainda vivo.
que em vez de harmonia
exala um furdúncio.
Já foi-se o tempo
em que nele haveria
menos desordem que aprumo.
Meu violão cafajeste
que em vez de cumprir,
desacata o mestre.
Já foi-se o tempo
em que nele me vi,
como no espelho aparece.
Meu violão abastado
que em vez de correto,
vem desritmado.
Já foi-se o tempo
em que nele, me entrego,
e tanto nele, me largo.
Meu violão insensível
que em vez de melódico,
grita tão horrível.
Já foi-se o tempo
do mistério nos modos
e de sua fé tão crível.
Meu violão dividido
não sabe se é Guinga
ou talvez Turíbio.
Já foi-se o tempo
em que nele haveria
um pouco de mim ainda vivo.
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