Da Invenção
O poeta que escreve
Não depende da mão
Do papel rabiscado
E nem da palavra
Não interage com a dor
Não permanece
Nem desanda
Nem nada
Não corrompe a massa
Não viaja, não vagueia
Não se perde na multidão
Nem carece de falsidade
Muito menos é verdade
Nem presença
Nem solidão
O poeta não pensa
Não fala
Nem promove
Ou julga conselhos
Não é júri
Nem juiz da fala
Poeta não mora,
Nem é livre:
Poeta vive!
O poeta que brinca
É da maior seriedade
Poeta não junta
Nem espalha
Nem encoraja
Nem desagrega
Poeta não chove,
Nem molha:
Poeta chora!
Pois não abriga
Não move
Não se habita
Nem fica
Nem corre
Poeta não brota
Nem flora
Nem fauna
Ou mata
Ou ressucita
Nem mesmo acorda
Poeta não sonha
Um poeta machuca
Sugere, incrusta
Poeta é idôneo
Conveniente
Nunca enfadonho
O poeta mesmo
Não necessita
Não vibra
Nem assiste
Poeta não
Nem sim
Poeta não ama,
Nem odeia:
Poeta margeia!
Poeta nada
Afoga
Desespera
Espera
Poeta é calhorda
O poeta que completa
Não depende do outro
Nem de si mesmo
Nem do compromisso
Nem da discórdia
Ou glória
Ou esgoto
O poeta que suga
Não depende do sulco
Da rocha
Do precipício
Do abissal infinito
Poeta não nasce,
Nem morre:
Poeta sofre!
Simplesmente por ser poeta
E de tudo que é
Ainda sim não escolhe
Não foge a pé
Nem sobrevoa
Poeta não depende de avião
Nem de tropeços
Nem qualquer coisa
O poeta que pensa,
Não prende:
Poeta solta!
E do que liberta
Não aguenta
Nem desalenta
Suspende a quimera
Preocupa, zela
Se entrega
E inventa
Não depende da mão
Do papel rabiscado
E nem da palavra
Não interage com a dor
Não permanece
Nem desanda
Nem nada
Não corrompe a massa
Não viaja, não vagueia
Não se perde na multidão
Nem carece de falsidade
Muito menos é verdade
Nem presença
Nem solidão
O poeta não pensa
Não fala
Nem promove
Ou julga conselhos
Não é júri
Nem juiz da fala
Poeta não mora,
Nem é livre:
Poeta vive!
O poeta que brinca
É da maior seriedade
Poeta não junta
Nem espalha
Nem encoraja
Nem desagrega
Poeta não chove,
Nem molha:
Poeta chora!
Pois não abriga
Não move
Não se habita
Nem fica
Nem corre
Poeta não brota
Nem flora
Nem fauna
Ou mata
Ou ressucita
Nem mesmo acorda
Poeta não sonha
Um poeta machuca
Sugere, incrusta
Poeta é idôneo
Conveniente
Nunca enfadonho
O poeta mesmo
Não necessita
Não vibra
Nem assiste
Poeta não
Nem sim
Poeta não ama,
Nem odeia:
Poeta margeia!
Poeta nada
Afoga
Desespera
Espera
Poeta é calhorda
O poeta que completa
Não depende do outro
Nem de si mesmo
Nem do compromisso
Nem da discórdia
Ou glória
Ou esgoto
O poeta que suga
Não depende do sulco
Da rocha
Do precipício
Do abissal infinito
Poeta não nasce,
Nem morre:
Poeta sofre!
Simplesmente por ser poeta
E de tudo que é
Ainda sim não escolhe
Não foge a pé
Nem sobrevoa
Poeta não depende de avião
Nem de tropeços
Nem qualquer coisa
O poeta que pensa,
Não prende:
Poeta solta!
E do que liberta
Não aguenta
Nem desalenta
Suspende a quimera
Preocupa, zela
Se entrega
E inventa
3 Comments:
Muito bom! Ate que vc nao ta escrevendo mal nao... hehehehe
Abracao
Sabe, nem sei o que dizer, só sei que cheguei até aqui porque fiquei desnorteada... que que posso dizer que não vai ser chato???
Sei lá, enquanto não penso em nada, saiba que achei perfeito!
Bêjo!
bem profundo esse principalemte aqui nessa parte
Poeta não ama,
Nem odeia:
Poeta margeia!
peta beira os sentimentos...tira luz da escuridao...
vlww
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