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Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu;/ Quem não sentiu o frio da desgraça,/ Quem passou pela vida e não sofreu,/ Foi espectro de homem - não foi homem,/ Só passou pela vida - não viveu. (Francisco Otaviano)

24.7.08

Caindo no Desuso

Meu amor é peçonha de serpente
É pessoa maldita, delinqüente
É perigo encarado assim de frente
Passa rente ao seu próprio assassinato

É o eixo entre inferno, a vida e a morte
Intersecta o infinito, ao sul e ao norte
Rompe o escuro do peito num pinote
Soa forte, infalível e compassado

Meu amor é ferida que não sara
Uma voz penetrante que não fala
É conhaque de apuro, é malafaia,
É alfaia num bombo malamado

É amor que se rege a sinfonia
Que só ganha de falta na catimba
Que se ama a mulher solteira e aflita
É birita no solo abençoado

É amor de amar cego, escancarado
Entre o dito e o não dito inadequado
É amor de indulgências e contratos
Amor caindo no desuso
em que é fadado

1 Comments:

Blogger Patricia Werner said...

brigada pelo comentário!
adoro uma poesia visual!

bjs

22:03  

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