Tardio
Pelo sim, pelo não, desapareço
Entre o fim da ilusão e o recomeço,
Que há decerto no fundo de mim mesmo,
Suprimindo o amor.
Perco o tempo:
A vitrola parece um contratempo
Revestida em passado e sentimento;
Sobre a estante um buquê e uma arandela; ainda mais:
Um Gershwin ecoa
E um Jobim voa...
Nunca é demais!
Os meus olhos parecem feitos d’água,
Quando rasgas minha pele sob a mágoa.
Na calada da noite em que me afrontas
E carregas contigo minha sombra:
Sinto amar demais...
Essa angústia carrego em meu destino
Como a virgem, no ventre, leva um filho.
E a esperança no fundo de um bacio,
Suprimindo o amor.
Perco o tempo:
Nunca sei pra onde vou nem de onde venho
Meu caminho é uma dose de veneno
Misturada num cálice de ungüento e aguarrás:
Um sonho ecoa
Teu cheiro voa...
Nunca é demais!
Nem a chuva amargada em que me lavo
Nem a brisa entoada em que viajo
Quando entras soprando à minha porta
E carregas contigo minhas horas,
Sinto amar demais...
Entre o fim da ilusão e o recomeço,
Que há decerto no fundo de mim mesmo,
Suprimindo o amor.
Perco o tempo:
A vitrola parece um contratempo
Revestida em passado e sentimento;
Sobre a estante um buquê e uma arandela; ainda mais:
Um Gershwin ecoa
E um Jobim voa...
Nunca é demais!
Os meus olhos parecem feitos d’água,
Quando rasgas minha pele sob a mágoa.
Na calada da noite em que me afrontas
E carregas contigo minha sombra:
Sinto amar demais...
Essa angústia carrego em meu destino
Como a virgem, no ventre, leva um filho.
E a esperança no fundo de um bacio,
Suprimindo o amor.
Perco o tempo:
Nunca sei pra onde vou nem de onde venho
Meu caminho é uma dose de veneno
Misturada num cálice de ungüento e aguarrás:
Um sonho ecoa
Teu cheiro voa...
Nunca é demais!
Nem a chuva amargada em que me lavo
Nem a brisa entoada em que viajo
Quando entras soprando à minha porta
E carregas contigo minhas horas,
Sinto amar demais...
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