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Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu;/ Quem não sentiu o frio da desgraça,/ Quem passou pela vida e não sofreu,/ Foi espectro de homem - não foi homem,/ Só passou pela vida - não viveu. (Francisco Otaviano)

24.9.08

Sortilégios e Heresia

A vida é áspera
dentro das pálpebras.
Como é áspera a terra
sentida de perto:
dentro dela que é
onde se abrigam as almas
enquanto mortas.

Áspera como a espuma das ondas
e a plenitude das garças.
Áspera, como é áspera a doçura
e o açúcar nas saias
e o rijo das nádegas levando o corpo
e as frases encadeadas pelos outros
em docas amaldiçoadas.

A vida é áspera
dentro das pálpebras.

3 Comments:

Blogger pat werner said...

pestanas seguem insanas a amaciá-la.

gostei muito desse poema, dani!

beijos

22:31  
Blogger diana sandes said...

gostei do "refrão" por dentro das pálpebras

16:16  
Blogger Tânia de Matos Santos said...

áspera vida onde me deito, é líquida.
a hilda hilst falou alguma coisa a repeito, concordo com ela.

;)
beijo!

19:03  

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