Beirada
A amendoeira não briga com o vento:
As folhas voam, os galhos tombam,
O assovio contínuo dos nós no tronco
Feito as asas da cigarra no roçamento.
Vejo quase tudo o que ocorre em natura:
A bruma úmida nas escadarias do Leme
Esconde a vista da luminosidade nua
E que serve de abrigo a um calor eminente.
Sobrou-me mais que um pouco d'água,
Um côco maduro, um sussurro do mar,
Enquanto desmembro meu corpo no espasmo
Em que espero teus olhos me virem à beirada.
Nunca que devolveria flores ao oceano!
'Inda mais aquelas em que dançavam os peixes,
Em que aninhavam-se as gaivotas, ano após ano.
Eu mesmo já contara com elas, onde me deitei.
Aprendi que não se briga com o vento,
Que não se procura por entre a bruma,
Que não se regam flores no sentimento.
Aprendi vivendo, que sou vivo - em suma.
As folhas voam, os galhos tombam,
O assovio contínuo dos nós no tronco
Feito as asas da cigarra no roçamento.
Vejo quase tudo o que ocorre em natura:
A bruma úmida nas escadarias do Leme
Esconde a vista da luminosidade nua
E que serve de abrigo a um calor eminente.
Sobrou-me mais que um pouco d'água,
Um côco maduro, um sussurro do mar,
Enquanto desmembro meu corpo no espasmo
Em que espero teus olhos me virem à beirada.
Nunca que devolveria flores ao oceano!
'Inda mais aquelas em que dançavam os peixes,
Em que aninhavam-se as gaivotas, ano após ano.
Eu mesmo já contara com elas, onde me deitei.
Aprendi que não se briga com o vento,
Que não se procura por entre a bruma,
Que não se regam flores no sentimento.
Aprendi vivendo, que sou vivo - em suma.
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