Orça
A cidade lambe o oceano
com sua língua negra
tóxica.
A baba do esgoto
se acumula na beira,
mórbida.
Os urubus dançam e acasalam
com as garças lépidas.
O preto no branco.
O sonho e a miséria.
E quando tudo, no core,
me causa espanto,
uma ave canta na cancela.
Cigarras e abacateiros;
Floreios e devaneios,
em cada fruto, em cada veio,
em cada espera.
Digo de mim, que rondo à vera:
que é hora de orça firme e rasa.
E de caçada vela.
com sua língua negra
tóxica.
A baba do esgoto
se acumula na beira,
mórbida.
Os urubus dançam e acasalam
com as garças lépidas.
O preto no branco.
O sonho e a miséria.
E quando tudo, no core,
me causa espanto,
uma ave canta na cancela.
Cigarras e abacateiros;
Floreios e devaneios,
em cada fruto, em cada veio,
em cada espera.
Digo de mim, que rondo à vera:
que é hora de orça firme e rasa.
E de caçada vela.
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