Soneto da Volta
De não viver-te mais intensamente,
Agora, o engasgo do peito me esfria;
A dor introvertida então se venda,
E, cega, dentro do corpo se abriga.
De ver findar-se assim tão lentamente,
Agora, o controle das pernas, perco;
A cor que na face rubrava sempre,
Desbota a tanto que fecho-me dentro.
Mas que deixaste habitar em meu leito
Uma invisível forma dos segundos
Uma lembrança forte do teu cheiro
Que um dia, quando vagar moribundo,
Uma carcaça de alguém com teu jeito -
que há de ser tu, receio - entrará fundo.
Agora, o engasgo do peito me esfria;
A dor introvertida então se venda,
E, cega, dentro do corpo se abriga.
De ver findar-se assim tão lentamente,
Agora, o controle das pernas, perco;
A cor que na face rubrava sempre,
Desbota a tanto que fecho-me dentro.
Mas que deixaste habitar em meu leito
Uma invisível forma dos segundos
Uma lembrança forte do teu cheiro
Que um dia, quando vagar moribundo,
Uma carcaça de alguém com teu jeito -
que há de ser tu, receio - entrará fundo.
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