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Local: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu;/ Quem não sentiu o frio da desgraça,/ Quem passou pela vida e não sofreu,/ Foi espectro de homem - não foi homem,/ Só passou pela vida - não viveu. (Francisco Otaviano)

24.3.08

Cores

Porque há cores tantas
que cegam e tornam
o mundo preto,
amarelam o sorriso
e esfriam o coração
como gelo.

Há cores que invejo
bastante que me rubram.
Cores que azulejam as paredes
do banheiro.
Que perturbam
dentro das olheiras,
dos ouvidos e
dentro dos cheiros.

Há cores que não vejo
que espinham
a rosa que vermelho
o broto que verdeio.
O batom de cor
da boca marcada
do beijo.

A cor do dinheiro
petróleo,
ouro
ou realeza.
As cores das nações
turquesas...

Ou quando a cor tem
gosto de bala
de anil
de cereja...
Gosto de acácias.
Gosto de frutas cítricas
ou manga, açaí, laranja
ou acerola.
Ou gosto de legume
de berinjela,
beterraba...

Do inferno, à cor das rameiras.
Das cores brutas indesejadas,
à cor de bebê;

Contudo, à ela,
não há cor relacionada;
nem, dela, há a cor imaginada.
Talvez somente aquela
que em nada mais que sonhos
ou divagadas,
se possa sempre ver.