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Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu;/ Quem não sentiu o frio da desgraça,/ Quem passou pela vida e não sofreu,/ Foi espectro de homem - não foi homem,/ Só passou pela vida - não viveu. (Francisco Otaviano)

7.4.09

Controle e Distinção

Não sei mais distinguir-me do sonho.
Nem quando aquieto,
nem quando sinto em mim,
dentro de mim,
um redemoinho em desafeto.

Não sei quando estou sozinho,
entre os olhos e a nuca,
vivo como nunca,
Ou quando vago entre as pernas da loucura
procurando, intrépido, um abrigo.

Não sei distinguir-me mais de mim.
Se estou ancorado ao inferno
Ou pendurado ao paraíso.
Eu, comigo e mais nada.

Não sei se aplaudo
Ou se invejo.
A dor maior é saber-se não amado
como o amor deveras seja.
(Ou deverás mágoa).

Não sei mais distinguir a dor
da fadiga.
A falta de um ardor que cativa
ou do gosto de uma ferida aberta.

Não sei mais saber de amor
- do qual saberia.
Nem da sua ida,
Eu, cá deixado no escuro da espera.

Não sei de saber-me da vida:
Se amar é virtude do eterno,
do etéreo,
Ou se amar é a medida
de uma saudade,
quando parece-me saudade ainda.

1 Comments:

Blogger Lucas Vallim said...

Acho que você está como todo o resto do mundo, sem saber absolutamente nada, e completamente perdido. Se por algum acaso descobrir o caminho, me avise!

Voltarei mais vezes, até logo.

02:52  

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