Soneto à Cidade das Flores
Achava que tua cor seria amarelada.
De cima (de dentro da ilusão) saberia
da cidade pura que, em sonho, visitava, e
que cheirava um cheiro roubado da poesia.
Imaginava-te em tua ampla serenidade:
nuvens ralas, trepadeiras azuis nos postes;
sinhás em corpetes e moçoilos em fraques;
ruas desniveladas e estátuas em porte.
Pensava que, em ti, meu tempo se desandasse;
minha vista cega recolhesse-te as cores ;
e um domo ornasse em tua alta catedral de males.
Lembrava-me de ti, que és cidade em bolores;
que a velhice toda de tua vida - tua entrave -
conteve que teu rio chorasse em tuas flores.
De cima (de dentro da ilusão) saberia
da cidade pura que, em sonho, visitava, e
que cheirava um cheiro roubado da poesia.
Imaginava-te em tua ampla serenidade:
nuvens ralas, trepadeiras azuis nos postes;
sinhás em corpetes e moçoilos em fraques;
ruas desniveladas e estátuas em porte.
Pensava que, em ti, meu tempo se desandasse;
minha vista cega recolhesse-te as cores ;
e um domo ornasse em tua alta catedral de males.
Lembrava-me de ti, que és cidade em bolores;
que a velhice toda de tua vida - tua entrave -
conteve que teu rio chorasse em tuas flores.
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