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Local: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil

Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu;/ Quem não sentiu o frio da desgraça,/ Quem passou pela vida e não sofreu,/ Foi espectro de homem - não foi homem,/ Só passou pela vida - não viveu. (Francisco Otaviano)

8.4.08

Uma Eterna Recorrência

Às vezes, calho de regredir,
Numa espécie de sossego,
Numa forma de desatino,
Algum conjunto de defeitos.

Limite do qual me esgueiro:
Uma gangorra de sentimento
Indo, vindo; e eu, sorrateiro,
Sempre encurralado,
Ainda que atento.

Sei que não devo!
Onde, no passado que ateio,
Apareço ou
Reapareço
Em cada momento,
Sempre e sempre e sempre...

Regredindo...
Ora devaneio, ora saudade.
Dentro de um veio,
Risos e passeios;
Indo, vindo e
Guardando os dias...
Um pouco do tempo que parte
- Entre todos os tempos que fico -,
"Sempre" é o tempo que me invade.

De regredir sei muito
A que me devo progredir, penso...

Cansado, mas avante:
Um dia é menor que um instante...
Nunca deveria viver
(Havendo assim mesmo uma vida)
A ver que ela me passa distante.

Repito o passado e repito...
A sala novamente se esfria,
Todos os quartos vazios,
Todos os sonhos felizes...
Outra vez amando, mas num'outra vida.