Poesia Sobreposta (a eterna recorrência)
O que há dentro do poema,
não é leitura de se abrir os olhos,
nem leitura de fechá-los à noite.
Não é tortura de alimentar o ódio,
nem saúde de curar os vícios.
O que há dentro do poema,
não é capricho de um corpo afoito
nem sossego de um talento lírico.
Não é rabisco de um papel marcado,
nem um evento narrado em papiro.
O que há dentro do poema,
não é sólido, nem líquido;
nem gasoso, nem frutífero.
Não é definido por sua natureza de estado,
nem supostamente um estado de espírito.
O que há dentro do poema
é o que há em qualquer espaço,
mas não é coisa química, nem mundo físico.
Não é a graça do palhaço,
nem a tenebrosa voz do precipício.
O que há dentro do poema
- do poema que trago então comigo -,
não é a métrica do quadrado,
nem a calma de um círculo.
O que há dentro do poema, vos digo:
um poema inteiramente novo,
dentro do poema antigo.
não é leitura de se abrir os olhos,
nem leitura de fechá-los à noite.
Não é tortura de alimentar o ódio,
nem saúde de curar os vícios.
O que há dentro do poema,
não é capricho de um corpo afoito
nem sossego de um talento lírico.
Não é rabisco de um papel marcado,
nem um evento narrado em papiro.
O que há dentro do poema,
não é sólido, nem líquido;
nem gasoso, nem frutífero.
Não é definido por sua natureza de estado,
nem supostamente um estado de espírito.
O que há dentro do poema
é o que há em qualquer espaço,
mas não é coisa química, nem mundo físico.
Não é a graça do palhaço,
nem a tenebrosa voz do precipício.
O que há dentro do poema
- do poema que trago então comigo -,
não é a métrica do quadrado,
nem a calma de um círculo.
O que há dentro do poema, vos digo:
um poema inteiramente novo,
dentro do poema antigo.