Piquenique
A lenha ferve e estala
O início da labareda
Que o vento alimenta
E sobe alto a fumaça
Uma carapaça lenta
O vinho se ambienta
A taça rubra, encarnada
A cor sangue da fruta
Que no rosto atormenta
Meus olhos de gruta
O chocolate e o morango
Um campo de flores
A margarida no escarpe
As flores pelo pano
Os abelhas na planagem
Um jazz antigo ao fundo
O grave da clarineta
O harmônico das sombras
Nossas duas tão pretas
E a maria-sem-vergonha
Os olhos que eram meus
À meia-luz clareiam
As velas tremelicam
Quando um louva-a-deus
Em teu ombro se estica
A noite nossa se entreva
Nos beijos da tua louça
Um percevejo nos cruza
E cheira o odor da névoa
Quando morre na chuva
O início da labareda
Que o vento alimenta
E sobe alto a fumaça
Uma carapaça lenta
O vinho se ambienta
A taça rubra, encarnada
A cor sangue da fruta
Que no rosto atormenta
Meus olhos de gruta
O chocolate e o morango
Um campo de flores
A margarida no escarpe
As flores pelo pano
Os abelhas na planagem
Um jazz antigo ao fundo
O grave da clarineta
O harmônico das sombras
Nossas duas tão pretas
E a maria-sem-vergonha
Os olhos que eram meus
À meia-luz clareiam
As velas tremelicam
Quando um louva-a-deus
Em teu ombro se estica
A noite nossa se entreva
Nos beijos da tua louça
Um percevejo nos cruza
E cheira o odor da névoa
Quando morre na chuva